quarta-feira, 30 de julho de 2014

Simplesmente, respira


Em dias de sol e calor como o de hoje, apetece encostar as costas contra uma árvore ou um pilar qualquer, fechar os olhos e serenar, deixar o tempo correr e a vida fazer-se por ela própria. Se o que está mesmo à nossa frente não está assim tão nítido, há que olhar mais além, talvez o cenário se apresente mais claro. Ou vice-versa. Todos os momentos da vida têm o seu próprio pulsar. Então, não adianta stressar e deixar o cansaço crescer na medida da nossa azáfama. Encosta-te e simplesmente, respira.

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Desfruta de cada momento
















Todos diferentes, mas todos iguais na intensidade da paz, da alegria, do descanso, da realização. Cada momento é único. Cabe a nós torná-lo especial... para nós.
Bom fim de semana a todos, cheio de momentos únicos.

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Mãos de trabalho






Tenho andado extasiada com o que tenho vindo a aprender. Sinto-me viva e promissora por ter a oportunidade de aprender de todo este tudo um pouco. Os dias são feitos de altos e baixos e tantas têm sido as desventuras nos últimos anos, que dar a volta às questões mais problemáticas já não é novidade nem uma dificuldade transcendente para mim. Sobra sempre algo que agarrar para seguir em frente. Nem que seja um monte de troncos para cortar e encher a casa da lenha para nos aquecer no Inverno. E agarrar no motosserra, com alguma timidez a princípio, com maior destreza com a continuação. Como sabe bem fazer este serviço. Gradualmente ver o monte de troncos a descer e a casa a encher, com lenha bem consertadinha para nos aquecer o corpo e a alma nos dias frios que virão. Mas as mesmas mãos que se enchem de serradura e de calos, são acalentadas pelo coração a fazerem coisas delicadas também. Quando a inspiração chega, juntam-se tecidos, rendas, cola, canetas e cria-se uma pequena obra de arte para oferecer a uma amiga. Obra de arte, entenda-se, para mim, que sou sempre assim renovada com a certeza de que qualquer trabalho de mãos dá uma enorme satisfação quando feito com amor e entrega.

sexta-feira, 4 de julho de 2014

Tão pouco para fazer, tanto tempo










Vamos reverter o velho pensamento? Vamos tentar tirar parte do stress que nos acomete nos dias que correm?
O comum é pensar que o tempo é sempre pouco para o tanto que temos e queremos fazer. É verdade. Quem vive em cidades grandes, quem tem projectos ambiciosos, quem tem filhos, sabe que é verdade. Mas podemos tentar reverter este pensamento, porque viver nele traz-nos angústia, frustração e ansiedade. Ora, se isso são sentimentos que não nos fazem assim tão bem, especialmente quando dominam a nossa vida, podemos tentar ver o ponto em que eles se encontram e tentar procurar uma saída satisfatória para que eles sejam substituídos pela paz, pela calma, pela serenidade. Fácil certamente que não é. Quem o escreve é alguém que ferve em pouca água e é nitroglicerina pura: boumm!! Mas vale a pena tentar. Eu quero tentar e confesso que tenho tentado e estou a obter muito bons resultados. Mas tive de escolher o caminho que a maioria não escolhe, longe do bulício, longe da ambição, longe do corropio, longe do poder, longe do espectáculo, longe do reconhecimento, longe dos cifrões e por aí fora. E assim, focada naquilo que me preenche, as minhas ambições de projectos e sonhos e objectivos a alcançar transformam-se em coisas pacíficas, porque tudo pode esperar, tudo tem um tempo para acontecer. Logo, dá para dar um profundo suspiro ao fim do dia, enquanto o sol se esconde atrás das árvores e agradecer porque o tempo é mais que suficiente para aquilo que temos para fazer. Isto é fruto do meu caminho, mas claro que isso não quer dizer que todos tenham de escolher esse mesmo caminho. Cada um tem o seu percurso a fazer e cabe a cada um procurar a melhor forma de o trilhar.
Quanto a mim, é desta forma que valorizo o lento e duro processo de ter lenha para aquecer nas longas noites de Inverno. Há que ir ter com as árvores, cortá-las, serrá-las, rachá-las, transportá-las, empilhá-las. É algo que não se faz num só dia. Pode levar dias, semanas ou meses. Depende de quem trabalha e das ferramentas de que dispõe para o fazer. Mas haja saúde e vontade, que o resultado é o mesmo: uma lareira quentinha e um serão agradável a bordar e a conversar quando o tempo chegar. O tempo assume, assim, outra proporção e permite descansar a alma no doce sentimento de "aaah, tanto tempo que tenho para as coisas que quero fazer"...