terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Mensagem de Ano Novo de S. Exa. D. Margarida


No fim de semana, uma senhora simpática desejou-me um feliz ano novo. A mensagem que me deixou tocou-me o coração e gravou-se em mim com alento: "Olhe, que 2014 seja um ano muito bom e se não for, que seja tão mau como foi 2013. Sabemos que 2013 não foi nada fácil, mas a verdade é que ainda cá estamos para desejar que o novo ano seja melhor que o anterior." E é verdade. Estamos cá. Todos chegámos ao fim, o que significa que, o que quer que 2013 nos tenha feito passar, sobrevivemos! Portanto, isso capacita-nos para acreditar também que, o que quer que 2014 nos reserve, continuaremos a sobreviver. E tudo será para nosso proveito, com a graça de Deus.
FELIZ ANO NOVO!


sábado, 28 de dezembro de 2013

Bom último fim de semana do ano!


domingo, 22 de dezembro de 2013

Em clima de preparação


Sem dúvida, o que mais me encanta nesta quadra, são as preparações sem pressa, ao sabor do momento, da inspiração e da satisfação.


Desta vez, bastou pegar num velho saco de serapilheira, recortar com o molde de uma estrela e colar perto da Árvore de Natal para dar um ar da sua graça. À semelhança do ano passado, este deve de ser um tempo de serenidade, reflexão e quietude, em espírito de preparação diante do que se aproxima. Sem correrias desenfreadas, presentes desnecessários ou refeições excessivas.


Cá em casa, Natal é paz, luzes, músicas, alegria e expectativa. Depois, tudo passa e o que fica, é simplesmente este espírito de acolhimento que só se vive nesta época. E é isto que me deixa feliz.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Atenção: só para gulosos


Não tem exactamente a ver com o Natal, mas é uma delícia. Descobri esta receita no facebook dos Novos Rurais, experimentei e adorei e todos cá em casa também!
Para quem, como eu, continua nas aventuras caseiras, nomeadamente com a iogurteira, segue a receita:
1 litro de leite pasteurizado;
180 ml de leite condensado;
1 iogurte natural.
Basta simplesmente amornar o leite, dissolvendo nele o leite condensado e o iogurte, incorporando bem, distribuir pelos copos da iogurteira e pôr a funcionar conforme as instruções da mesma.
Fica um pouco mais doce que os habituais, mas para quem gosta menos doce, basta adicionar menos quantidade de leite condensado. É uma delícia!


domingo, 15 de dezembro de 2013

O nosso Inverno

Inverno... época de recolhimento. O corpo pede aconchego diante do frio e os tons da natureza inspiram a alegria serena de estar em paz e em gratidão.


Quando o sol brilha lá fora, brilha tudo cá dentro também. Roupa confortável aquece o corpo e o hálito quente enche o ar com baforadas infantis, que aquecem os sonhos.


Dentro de casa, haja luz brilhante ou baça, apetece mexer as mãos e criar magia, que faz com que as pessoas se juntem à volta de uma mesa para fazer a vida acontecer.


 E cria-se cor, forma e expectativa. E cheiros, muitos cheiros. Nada como os odores naturais.

Descascar laranjas para criar bouquets de rosas. Desidratar mais laranjas no micro-ondas para com elas e com as suas cascas dar forma a enfeites de tons de Inverno, tudo isto inunda a casa de aromas fortes e envolventes.
 


Dar forma aos produtos de Inverno, aproveitar restos que a natureza dá, utilizar materiais que remontam às nossas origens - as mãos mexem e o coração cresce.


Como é bom, assim, o Inverno. Frio, mas aconchegante. Cinzento, mas brilhante. Nu, mas vibrante. Nele, a natureza providencia tudo para que esta seja também uma estação cheia de brilho.


 


sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Que sejas TU a nossa luz



Não busques nem as alturas e nem os abismos. Se tu chegares num desses pólos... que tenhas sido apenas levado pela vida, não por ti mesmo. Antes, busca o caminho do equilíbrio e a vereda plana. Todo o excesso destrói o ser! 
Caio Fábio

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Não podia estar mais de acordo


"Dizem que tudo o que estamos procurando, também nos está procurando e que, se pararmos quietos, nos encontrará. É algo que há muito tempo está nos esperando. Quando chegar, não se mova. Descanse."

(não sei quem é o autor destas palavras, mas recebi-as num mail longo, do qual retirei e retive este pensamento que tenho há muito em mim e que alguém conseguiu verbalizar)

domingo, 8 de dezembro de 2013

Castiçal do Advento


E mais um mimo para marcar a época natalícia. Lembro-me quando estava no Desafio Jovem, de ver na casa de uma amiga sueca um tronco com quatro buraquinhos onde ela encaixava as velas que ia acendendo uma a uma, consoante as semanas que passavam até ao Natal. Achei essa uma tradição muito bonita, eu que sempre adorei velas, e ela fazia aquilo com tanto gosto, que me marcou. E é assim, este ano decidi eu encetar a tradição cá em casa e adoptar uma das muitas ideias que proliferam no Pinterest e saiu isto. Quatro frasquinhos com verduras, pinhas, fitas, neve artificial e uma vela em cada um, e é ir acendendo todas as semanas mais uma, até chegar o grande dia.
Essencialmente, que este seja um tempo de boas reflexões para todos.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

A nossa segunda Árvore de Natal


Pois que este ano temos direito a duas Árvores de Natal, ah pois é.


Tão simples juntar uns galhinhos apanhados nuns passeios, decorá-los e juntá-los ao espírito de festa da época. E pelo meio, vasculhar os caixotes de decorações em busca das bolinhas, luzinhas e até da estrela de Natal, feita pela minha mãe e por mim, tinha eu a idade da carracinha. Uma verdadeira relíquia, que resistiu até hoje. Tudo isto faz as delícias das crianças da casa, e a alegria deles é a minha também.


segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Contagem decrescente para o Natal


Este ano tivemos mais um par de mãozinhas para ajudar a decorar a Árvore de Natal. Alegria e amizade, é o que se quer.

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Decidindo o que fazer da vida...




Preocupação

É como uma nuvem que encobre o pensamento, anunciando uma tempestade que nem sempre acontece.
Silvana Tavano

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Leaving the nest

 
Encontrei esta imagem no Pinterest e não resisti a partilhá-la aqui! Coisa mais linda...

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Tornando a vida mais bela


Bons são os momentos em que fugimos à regra e ao esperado. Por isso, nada melhor para o momento do que fazer um pic nic no banco das traseiras, ao sol mas bem agasalhados, à hora de almoço da carracinha e depois, antes de ir para a escola, irmos comprar rolhas para um projecto maluco que a mãe tinha na cabeça. Não é que a execução tivesse saído perfeita, que nestas coisas nunca fui perfeccionista, mas o que guardo é a recordação e o sentimento de frescura, aventura e realização, que fica de furar umas quantas rolhas de cortiça com a agulha e fio de coco para tentar fazer uma coroa. Com um raminho de bagas apanhadas na Mata, até parece que já começa a cheirar a Natal por aqui...

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Mais da vida

E no seguimento do último post, li mais uma frase, daquelas que se leem por aí, que traduz igualmente o que sinto:


A vida é demasiado curta. Come a sobremesa primeiro.

sábado, 16 de novembro de 2013

Bom fim de semana!


Não coma a vida de faca e garfo. Lambuze-se!
Mário Quintana
 

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Tornando a vida mais bela


Claro que a ideia já é velha, a de pegar em calças de ganga velhas e transformá-las em algo mais útil do que uma ida para o lixo. Aqui a inovação está na minha tentativa de ir deixando, aos poucos, o "V. Exa." e "Sua Eminência" de lado com a máquina de costura e tentar algo mais íntimo. Certo, até chegar ao ponto de a vir a tratar por tu ainda há uma longa distância a percorrer, mas como eu até posso ser lenta, mas não sou moçoila de desistir, sei que chegarei lá. Então, costura daqui e dali, tudo muito básico, foi só cortar a parte de cima das calças e uni-las. Com uma alça de uma necessaire já estragada e sem uso e com as argolas de porta-chaves esquecidos, preguei a alça para poder transportar a nova mala dos meus trabalhos aqui pela casa. Sim, que eu não me atrevo a levá-la à rua. Que eu sou lenta, persistente, mas ajuizada também, eh eh.


domingo, 10 de novembro de 2013

Sol


Luz e força. Crescimento e ensino.


Tudo ficará bem no fim. Se não ficar, não é o fim.


Tudo, tudo tem um propósito. Descobrir qual é e aceitá-lo é um dos passos para ser feliz.


Por isso, entre o caminho certo e o caminho errado, o melhor é escolher aquele que nos faz feliz. E penso que isto diz tudo.


E é nesta fase da vida que me encontro. Entre o escutar e o atender, entre o acalmar e o ansiar, entre o ir e o ficar.


Acima de tudo, procuro um lugar dentro de mim mesma onde me encontro junto às origens.


Anseio por chegar lá. A um ritmo de vida onde o tempo se demora, o espaço se espraia e a vida acontece duramente doce. Onde o alcatrão é substituído por caminhos de flores, onde os apartamentos dão lugar a ninhos, onde os motores dão a vez ao canto dos animais e onde um bom dia é dado com um sorriso e olhos nos olhos. Isto é possível... Porque se não fosse, eu não respiraria.


domingo, 3 de novembro de 2013

É uma casa portuguesa...


 ... com toda a certeza.
Nada como aproveitar um Domingo de sol de outono e ir passear a família e com a família.












 

domingo, 27 de outubro de 2013

Deus escreve direito...


... por linhas tortas. Não é o que dizem? Pois eu também começo a achar que sim.
Por tantos testemunhos que tenho ouvido, lido e visto e também pelo meu próprio, creio que grande parte dos sonhos que nascem dentro de nós são postos em prática de uma maneira ou de outra, só que de uma forma que não estávamos à espera. O que nos desconstrói, nos surpreende, nos decepciona ou então nos mostra uma perspectiva apenas diferente.
Dois sonhos estão há muito dentro de mim: pessoas e campo. Não forçosamente interligados mas também não de todo desligados entre si. Seja como for, a verdade é que dentro da minha cabeça tudo está bem delineado em relação a estes dois temas. E, se for a ver bem, eles já estão a ser postos em prática. Não da maneira que imaginei, não da forma que sonhei, não como eu queria realmente, mas estão a ser exercidos.
Pessoas. Área difícil, sem dúvida, mas ainda assim sempre quis abraçar a causa de ajudar quem precisa. E ainda que durante um tempo da minha vida isso tenha sido posto em prática de maneira intensiva e da maneira que eu queria, foi um tempo que ficou para trás, mas que não saiu do meu coração. Servir os outros não tem de ser forçosamente de maneira vistosa, pode bem revestir-se de uma forma discreta e isso eu já tenho feito, se for a ver bem. Seja como a chata que bate às portas a fazer inquéritos e que no processo aluga os ouvidos a quem precisa de falar; seja como auxiliar de acupunctura, distribuindo sorrisos e esperança a quem tem a saúde debilitada; seja a lavar rabinhos de velhinhos, como já falei aqui no penúltimo post e como costumo dizer carinhosamente. Estas também são formas de servir. Serviço remunerado, é certo, mas ainda assim serviço feito com o coração para aquelas pessoas em necessidade.
Campo. Até perco o fôlego só de pensar nisso. Dentro de mim, continua tudo bem delineado. Mas ainda que de uma forma torta, já lá estou. Afinal, muitos dos inquéritos são realizados em meio rural e a casa dos velhinhos é no campo. E enquanto estendo a roupa ao ar, ouço passarinhos cujo chilrear me é desconhecido e delicio-me com esse som, ambicionando ser conhecedora de cada canto; e lá vem uma senhora com três ovinhos que as galinhas puseram; e os pintainhos nascidos há dias fazem a delícia de todos; e o pastor alemão bebé corre atabalhoadamente pela relva com uma sapatilha na boca; e o padeiro passa na carrinha branca a deixar o pão nos sacos pendurados nos portões; e o ar é mais puro...
Pessoas e campo. Quem não acredita que os sonhos se cumprem? Fiquem atentos, porque eles podem bem já estar a ser cumpridos, só que de maneira discreta. E é dessa maneira que se manifestam os maiores ensinamentos. Por isso é que, aos nossos olhos, as linhas podem ser tortas, mas Deus está a escrever direito!

sábado, 19 de outubro de 2013

As surpresas da vida


As surpresas da vida trazem consigo capacidades escondidas, dons devolvidos, forças por se revelarem.
As surpresas da vida confundem-nos, toldam-nos a visão, são como um soco bem forte no estômago, que nos faz dobrar sobre nós mesmos, gemer de dor, sufocar e cair.
As surpresas da vida abrem-nos os olhos para aquilo que durante muito tempo não quisemos ver: que nem todos os sonhos se tornam realidade, mas que existe em nós a capacidade para os concretizar, ainda assim.
Graças a Deus em tudo.


 

 

sábado, 12 de outubro de 2013

Vida... a minha


Até aos 24 anos fiz um percurso de vida mais ou menos linear. Salvo algumas excepções, fiz aquilo que se esperava de mim. O meu trajecto escolar foi razoavelmente constante, fui uma filha que não deu grandes sobressaltos, tive os sonhos comuns a tantos jovens, tive amizades bonitas, fiz a universidade toda e até fiz um estágio profissional na minha área de estudo. Fim da história.
Fim da história em linha recta. Aqui começam as curvas. Curvas e contracurvas, lombas, estradas a direito, mais curvas, buracos, tempestades, oh estrada mais doida. Mas o curioso é que fui eu que escolhi o caminho. Tenho consciência disso. E mais curioso ainda é que não me arrependo. Virei as costas ao curso, virei as costas ao emprego bem remunerado e de carreira ascendente, virei as costas ao status, ao dinheiro, à aparência, ao ter... para abraçar o mundo em nome do meu crescimento interior. Gostaria de afirmar que isso fez de mim um ser humano incrível. Isso é que era bom, sempre tinha valido a pena a escolha. Mas sou uma comum mortal, perfeitamente anónima, praticamente indetectável no meio da multidão. Contudo, contrariamente à esmagadora maioria das pessoas que me conhece, tenho todo o orgulho nas minhas escolhas, ao ponto de dizer que, estando onde estou, e falo da fase da vida, prefiro lavar o rabinho a velhinhos do que estar atrás da secretária de um qualquer gabinete de um presidente qualquer. Porque, para mim, lavar o rabinho a velhinhos pode fazer-me chorar, mas faz-me sem dúvida mais humilde e mais humana do que estar na tal secretária. E isso para mim é muito mais importante do que qualquer status, ambição de carreira, conta bancária, etc. Estando onde estou, sinto-me muito mais forte e determinada, cada vez menos aberta à mediocridade e à vulgaridade. E o engraçado é que, sentindo-me assim mais forte, a verdade é que nunca me senti tão fraca. O que me leva a crer, na pele, que a minha fraqueza se aperfeiçoa na força de Deus e é daí que me vem o ânimo e o fôlego para prosseguir.
Sim, hoje deu-me para o devaneio, para escrever palavras ao sabor do cansaço, da visão turvada da falta de descanso e do entorpecimento das situações. Sinto-me esmagada e nada cor de rosa, mas que ninguém se assuste, que isto não é nada que não passe com umas boas noites de sono. Só me apeteceu escrever e deixar escrito que nem todas as nossas escolhas recolherão o louvor dos que nos rodeiam. Mas se formos nós próprios e se agirmos de acordo com a nossa consciência, recolheremos o amparo de Deus e esse testemunho interior é o que nos fará prosseguir caminho. E ainda que, contrariamente a tudo o que desejo agora, possa vir a terminar atrás da tal secretária do tal presidente, chegarei lá muito mais humana do que se tivesse percorrido a estrada direitinha que todos (ou quase) querem percorrer. O preço é elevado, mas o produto final é de excelência. Creio nisto.
(E que me perdoe se por aqui passar alguém que esteja no papel da "secretária do presidente". Escrevo isto em sentido figurado e de mim para mim.)